Delegar… Se és líder ou empresário, já ouviste esta palavra inúmeras vezes. Dizem que é a chave para o crescimento, o segredo para te libertares das tarefas operacionais e focares no que realmente importa. Mas a realidade é bem diferente.
Na prática, delegar é uma das tarefas mais desafiantes para um líder. É um processo repleto de obstáculos, tanto operacionais como emocionais, e muitas vezes, por mais que saibas que deves delegar, o simples pensamento de perder controlo sobre algo pode ser paralisante.
Então, por que é que, mesmo sabendo que delegar é essencial, a maioria dos líderes falha nesse processo? E por que é que, na maior parte dos casos, a delegação não resulta como esperado?

Neste artigo, vamos explorar estas questões em profundidade, dissecar as dores e os desafios reais de delegar, e entender por que delegar, embora necessário, está longe de ser a solução mágica que tantas vezes nos vendem.
O Mito da Delegação: O Que Te Vendem e O Que Realmente Acontece
A teoria diz que delegar tarefas significa confiar nos outros para realizarem as tarefas que ocupam o teu tempo, permitindo-te libertar para te focares em áreas mais estratégicas do negócio. Além disso, a delegação oferece uma oportunidade para que a tua equipa cresça, desenvolva novas competências e ganhe mais responsabilidade. Em teoria, todos ganham. Tu ganhas tempo, a tua equipa cresce, e o teu negócio prospera. É o famoso “win-win”.
No entanto, há um mito perigoso escondido nesta promessa de delegação. Delegar, na prática, não é tão simples quanto parece. Na verdade, muitas vezes, a delegação inicial acaba por ser mais um “win-lose” do que um “win-win”. O que isto significa? Que, enquanto o colaborador a quem delegas a tarefa está a ganhar novas competências, tu, o líder, estás a perder – controlo, eficiência, e qualidade. E, pior, estas perdas imediatas podem fazer-te questionar se a delegação vale realmente a pena.
O Primeiro Mito: A Delegação Vai Libertar o Teu Tempo
Quando se fala em delegação, o primeiro benefício que surge na mente da maioria dos líderes é o tempo que será libertado. Se delegares bem, dizem, vais poder usar esse tempo em tarefas mais estratégicas, mais importantes, mais valiosas para o crescimento do negócio.
Mas, como descobres rapidamente, esse tempo não é libertado imediatamente. Na verdade, nos primeiros meses, delegar vai consumir mais tempo do que se fizesses a tarefa tu mesmo. Vais gastar tempo a explicar a tarefa, a responder a perguntas, a corrigir erros e a dar feedback. Muitas vezes, sentes que seria mais rápido e menos frustrante fazeres a tarefa tu mesmo.
Mas isso é apenas o começo. Mesmo que estejas disposto a investir tempo e esforço para delegar corretamente, há outros desafios emocionais e operacionais que rapidamente surgem e complicam o processo.
O Lado Oculto da Delegação: As Três Grandes Dores
Se delegar fosse fácil, todos os líderes o fariam com sucesso. Mas, na verdade, a maioria falha, e por bons motivos. Existem três grandes dores que surgem quando tentas delegar:
- Perda de Controlo: Ao delegares, inevitavelmente perdes o controlo sobre a execução da tarefa. Não vais conseguir garantir que a tarefa seja feita da mesma forma que farias, nem com o mesmo cuidado aos detalhes. Isso assusta-te? É natural. Muitos líderes têm dificuldades em aceitar que, ao delegar, não podem controlar todos os aspetos da tarefa. E aqui reside o primeiro grande obstáculo: o medo de perder controlo. Quando passas uma tarefa para outra pessoa, deixas de ter o mesmo nível de supervisão e envolvimento, e isso pode ser desconfortável. A incerteza sobre o resultado cria uma resistência interna, que muitas vezes leva os líderes a desistirem do processo.
- Redução de Eficiência: Delegar a tarefa para outra pessoa significa, na maioria dos casos, uma redução inicial de eficiência. Se estás a delegar algo que já fazes há anos, é provável que a pessoa a quem delegas demore mais tempo a completar a tarefa. Isso pode ser frustrante, especialmente quando te sentes pressionado pelo tempo. Vês algo que fazias em 1 hora a demorar 10 horas, e isso pode criar uma sensação de ineficiência que mina a tua confiança na delegação. Segundo um estudo da Gallup, 42% dos líderes relatam que delegar inicialmente aumenta a sua carga de trabalho, em vez de a reduzir.
- Queda de Qualidade: A qualidade do trabalho também sofre. Nos primeiros meses, vais notar uma diferença significativa entre o que fazias e o que está a ser entregue pela pessoa a quem delegaste. Isto é particularmente desafiante se és perfeccionista ou tens um padrão elevado de exigência. A falta de experiência ou conhecimento detalhado por parte do colaborador vai, inevitavelmente, resultar em erros, falhas ou resultados aquém do esperado. Gerir essas expectativas é um dos maiores desafios emocionais da delegação.
A Jornada Psicológica da Delegação: Entendendo o Processo Emocional

Delegar não é apenas um processo operativo; é também uma jornada emocional, tanto para o líder quanto para o colaborador que recebe a tarefa. Este processo pode ser dividido em quatro fases principais, e a maioria dos líderes desiste antes de alcançar a última fase.
- Inconsciente Incompetente: Esta é a fase inicial, em que a pessoa a quem delegas a tarefa não tem consciência das suas próprias limitações. Tu explicas a tarefa, dás as instruções, mostras como se faz – e a pessoa parece confiante de que consegue realizar a tarefa. Esta falsa sensação de competência é perigosa, pois cria a ilusão de que o processo será simples. Para ti, como líder, é fácil pensar: “Pronto, expliquei tudo, agora é só deixar a pessoa trabalhar”. Mas, na verdade, esta fase é apenas o começo de um caminho muito mais longo.
- Consciente Incompetente: Esta é a fase mais frustrante, tanto para ti quanto para o colaborador. Quando a pessoa começa a trabalhar na tarefa, percebe rapidamente que não é tão simples quanto parecia. As dúvidas surgem, os erros começam a aparecer, e o colaborador começa a sentir-se inseguro. Ao mesmo tempo, tu, como líder, também começas a sentir a frustração. Começas a ver que a tarefa não está a ser feita como esperavas, os erros acumulam-se, e o tempo que achavas que ias ganhar, acaba por ser consumido em correções e feedback. Aqui reside o maior risco de desistência. É nesta fase que a maioria dos líderes decide que a delegação não está a funcionar e volta a assumir a tarefa.
- Consciente Competente: Se conseguires resistir à tentação de retomar o controlo durante a fase de “Consciente Incompetente”, eventualmente o colaborador vai começar a ganhar competência. Nesta fase, a pessoa já sabe o que está a fazer, mas ainda precisa de supervisão e orientação. O trabalho é feito com mais confiança, mas ainda requer bastante esforço e atenção aos detalhes. A eficiência melhora, mas ainda não está onde deveria estar.
- Inconsciente Competente: Finalmente, após meses de prática e feedback, o colaborador atinge a fase de “Inconsciente Competente”. Nesta fase, a tarefa já é realizada de forma automática, sem necessidade de supervisão constante. No entanto, chegar a este ponto demora tempo. Muitas vezes, podem ser necessários seis meses ou mais para que a pessoa se torne verdadeiramente autónoma na execução da tarefa.
A Necessidade de Distinguir Falta de Competência de Sobrecarga Emocional
Quando delegas uma tarefa, muitas vezes o colaborador não atinge o nível de execução esperado. O instinto imediato do líder é pensar que o colaborador simplesmente não tem a competência necessária para realizar a tarefa. E, claro, pode ser verdade que a pessoa ainda precise de desenvolver certas habilidades ou ganhar experiência. No entanto, uma das razões mais frequentes para o insucesso na delegação não está ligada à falta de competência técnica, mas sim à sobrecarga emocional.
A delegação de tarefas envolve muito mais do que o simples “passe de bola” de responsabilidades. É um processo emocional para o colaborador que recebe a tarefa, que pode sentir-se sobrecarregado pela expectativa de ter de realizar algo novo ou de grande responsabilidade. O medo de falhar, a insegurança sobre a sua capacidade e até a pressão de tentar corresponder às expectativas do líder podem resultar num bloqueio emocional. E é aqui que a distinção entre incompetência técnica e sobrecarga emocional se torna fundamental para qualquer líder.
A Sobrecarga Emocional: Um Inimigo Invisível
A sobregarga emocional é subtil. Muitas vezes, não a vemos como a verdadeira causa de uma má execução. Imagina que delegas uma tarefa a um colaborador competente, que já demonstrou capacidades noutras áreas. Quando ele começa a falhar, a tua primeira reação pode ser assumir que ele não entende a tarefa ou que não é capaz de realizar o trabalho no nível que esperavas. No entanto, o que pode estar realmente a acontecer é um bloqueio emocional causado por vários fatores, como:
- Medo de falhar: O colaborador pode sentir que não tem margem para erro, o que aumenta a pressão e gera ansiedade. Essa ansiedade pode bloquear a sua capacidade de pensar claramente e executar a tarefa com confiança.
- Falta de confiança: Mesmo sendo competente, se o colaborador não acreditar nas suas próprias capacidades, ele pode hesitar, questionar-se a cada passo e acabar por falhar em tarefas que, objetivamente, ele é capaz de realizar.
- Ansiedade face às expectativas: Saber que estás a observar e que tens expectativas claras pode criar uma pressão adicional, levando à indecisão ou à paralisia.
Todos estes fatores emocionais podem distorcer a perceção de competência de um colaborador. Um colaborador emocionalmente sobrecarregado pode parecer incompetente, quando na verdade está apenas a lutar com os seus próprios medos e inseguranças.
Trabalhar a Sobrecarga Emocional: O Papel do Líder
Como líder, o teu papel não é apenas avaliar o desempenho técnico, mas também ajudar os colaboradores a gerir as suas emoções e criar um ambiente de confiança. Muitas vezes, quando a delegação falha, não é por falta de competência, mas porque a componente emocional não foi trabalhada de forma eficaz.
Aqui estão algumas formas de distinguir a falta de competência da sobrecarga emocional e como abordar essa questão:
- Ouvir com Atenção: Muitas vezes, o colaborador que está emocionalmente sobrecarregado dá sinais – através de comentários sobre a dificuldade da tarefa, preocupações com o desempenho ou até uma hesitação em assumir a responsabilidade. Pergunta-te se ele está a expressar dúvidas sobre a execução em si ou sobre a sua capacidade de a realizar. Se for este o caso, é provável que a questão seja emocional.
- Feedback Emocional, Não Apenas Técnico: Quando pensas em feedback, é fácil focares-te apenas no resultado da tarefa: se foi bem feita, se os objetivos foram cumpridos. No entanto, ao dar feedback, é importante também abordar a componente emocional. Pergunta ao colaborador como se sentiu ao realizar a tarefa. A comunicação emocional é tão importante quanto a técnica. Um colaborador pode saber o que fazer, mas se não tiver confiança nas suas habilidades, o resultado será o mesmo que se fosse incompetente tecnicamente.
- Criar um Ambiente de Segurança Psicológica: A segurança psicológica é um conceito essencial no ambiente de trabalho. Significa que os colaboradores se sentem seguros para expressar as suas dúvidas, os seus medos e até os seus erros, sem medo de repercussões negativas. Como líder, tens de promover essa segurança, garantindo que os colaboradores saibam que podem errar e que o erro faz parte do processo de aprendizagem. Quando sentem que há espaço para falhar sem serem julgados, a carga emocional diminui consideravelmente.
- Reforçar a Confiança em Vez de Criticar o Erro: Quando o foco está apenas no que correu mal, os colaboradores podem começar a duvidar das suas próprias capacidades. Em vez de destacares apenas os erros, reforça as qualidades e as áreas onde o colaborador já é competente. Ajudá-lo a reconhecer os seus pontos fortes dá-lhe confiança para enfrentar os desafios com uma perspetiva mais positiva. Um estudo do Gallup revelou que os colaboradores que recebem feedback de reforço positivo são 3 vezes mais propensos a estarem envolvidos e motivados no trabalho.
A Comunicação da Confiança: Muito Mais Que Palavras
Para um líder, transmitir confiança não é apenas dizer “Eu confio em ti”. As tuas ações e comportamentos são ainda mais importantes do que as palavras. A forma como lidas com os erros e os sucessos do colaborador vai comunicar muito sobre o teu nível de confiança.
- Confiança na autonomia: Dar liberdade ao colaborador para tomar decisões é uma forma concreta de mostrar confiança. Mesmo que ele cometa erros no início, essa liberdade ajuda-o a desenvolver a sua competência e a confiança em si próprio.
- Apoio incondicional: Transmitir confiança significa também mostrar que estás presente, não para controlar, mas para apoiar. O colaborador precisa saber que, se ele falhar, não vai ser penalizado, mas sim apoiado no processo de aprender com o erro.
- Elogiar o progresso: Muitas vezes, os líderes subestimam o impacto que um simples elogio pode ter. Quando um colaborador está emocionalmente sobrecarregado, qualquer progresso, por mais pequeno que seja, deve ser reconhecido. Isso cria um ciclo positivo que o motiva a continuar a melhorar.
Distinguir Competência de Emoção: O Ponto de Viragem na Delegação
A diferença entre um líder que consegue delegar com sucesso e outro que não o faz está na capacidade de reconhecer quando a incompetência é real e quando é uma questão de sobrecarga emocional.
Ao identificares os sinais emocionais, consegues ajustar o teu apoio. Em vez de retirares a tarefa do colaborador por achares que ele não é capaz, podes concentrar-te em ajudar a gerir o impacto emocional do processo. Isso não só aumenta a probabilidade de sucesso da delegação, como também fortalece a relação entre o líder e o colaborador, criando uma cultura de confiança e crescimento mútuo.
Assim, a tua função como líder vai além de apenas avaliar o desempenho técnico. Tens de ser um facilitador emocional, ajudando a tua equipa a ultrapassar barreiras emocionais que, por vezes, são mais limitantes do que a própria competência. Uma vez que domines esta habilidade, verás que a delegação se torna menos uma luta pelo controlo e mais uma colaboração contínua para o crescimento da tua equipa e do teu negócio.
Porque é Que a Delegação Falha na Maioria das Vezes?
Agora que já entendemos as quatro fases emocionais da delegação, vamos explorar por que razão, na maioria dos casos, a delegação falha. Embora existam muitos fatores que podem influenciar o sucesso ou fracasso da delegação, alguns dos erros mais comuns incluem:
- Expectativas Irrealistas: Muitos líderes entram no processo de delegação com expectativas irrealistas. Acham que, ao delegar uma tarefa, o colaborador vai conseguir realizá-la com o mesmo nível de qualidade e eficiência que eles próprios teriam. Quando isso não acontece, a frustração instala-se. É importante ajustar as tuas expectativas. No início, a qualidade e a eficiência vão diminuir, mas isso faz parte do processo de aprendizagem. Como líder, tens de estar preparado para lidar com esse trade-off inicial.
- Falta de Acompanhamento: Delegar não significa abandonar. Um erro comum é pensar que, uma vez delegada a tarefa, o colaborador vai conseguir realizá-la sem problemas. No entanto, a delegação requer acompanhamento constante, feedback e suporte. A tua presença é crucial nas primeiras semanas ou meses, até que o colaborador se sinta confiante e competente o suficiente para trabalhar de forma autónoma.
- Gestão Emocional Fraca: Delegar envolve lidar com emoções – tanto as tuas quanto as do colaborador. O medo de falhar, a insegurança, a falta de confiança e o stress podem afetar o desempenho do colaborador. Como líder, tens de gerir essas emoções e criar um ambiente de confiança e suporte, onde o colaborador se sinta à vontade para errar e aprender com os erros.
- Desistir Muito Cedo: Um dos maiores erros que os líderes cometem é desistir demasiado cedo. A delegação é um processo longo e, como já vimos, pode demorar meses até que comece a dar resultados. Resistir à tentação de desistir é fundamental. Quando retomas o controlo e reassumes a tarefa, estás a anular todo o progresso que foi feito, e o ciclo de frustração recomeça.
O Custo-Oportunidade de Não Delegar
Agora que já discutimos os desafios e as dores da delegação, é importante falar sobre o custo de não delegar. O que é que perdes ao manteres todas as tarefas operacionais sob o teu controlo?
O conceito de custo-oportunidade ajuda-nos a entender isto melhor. Cada vez que escolhes manter uma tarefa em vez de delegá-la, estás a abdicar de algo mais valioso que poderias estar a fazer com o teu tempo. Pensa nas tarefas operacionais que ocupam o teu dia. E agora imagina o que poderias estar a fazer se libertasses esse tempo: desenvolver novos produtos, pensar em estratégias de crescimento, construir relações com clientes-chave, ou até mesmo descansar.
Estudos mostram que líderes que delegam de forma eficaz têm mais tempo para se concentrarem em áreas estratégicas e tendem a crescer os seus negócios 33% mais rápido do que aqueles que permanecem presos nas operações diárias. Ao não delegar, estás a comprometer o potencial de crescimento do teu negócio.
Como Delegar de Forma Eficaz: Dicas Práticas
Agora que já compreendemos as dores e os desafios da delegação, vamos explorar algumas estratégias práticas que podem ajudar-te a delegar de forma mais eficaz:
- Aceita os Trade-Offs: O primeiro passo para uma delegação bem-sucedida é aceitar que haverá trade-offs. No início, a qualidade e a eficiência podem diminuir, mas isso é um preço a pagar pelo crescimento a longo prazo. Aceita que o colaborador pode cometer erros e que o processo de aprendizagem demora tempo.
- Define Expectativas Claras: Certifica-te de que o colaborador entende exatamente o que é esperado dele. Define objetivos claros, prazos e padrões de qualidade. A comunicação é essencial para garantir que não há mal-entendidos.
- Oferece Suporte e Feedback: Delegar não significa abandonar. Oferece suporte contínuo e feedback regular ao colaborador. Ajuda-o a crescer e a ganhar confiança. Lembra-te de que a delegação é um processo de desenvolvimento, tanto para ti quanto para a pessoa a quem delegas.
- Gerencia as Emoções: A delegação é tanto uma questão emocional quanto uma questão operacional. Tens de estar preparado para lidar com os sentimentos de frustração, ansiedade e insegurança – tanto os teus quanto os do colaborador. Cria um ambiente de confiança e apoio onde as pessoas se sintam à vontade para errar e aprender com os erros.
- Sê Paciente: A delegação é um investimento a longo prazo. Não esperes resultados imediatos. Sê paciente e lembra-te de que o tempo que investes agora vai trazer benefícios a longo prazo.
O Impacto a Longo Prazo da Delegação no Crescimento do Negócio
Se conseguires passar pelo processo de delegação com paciência e entendimento, os benefícios a longo prazo serão significativos. Ao delegares de forma eficaz, estás a empoderar a tua equipa, a aumentar a confiança e a moral, e a permitir que o teu negócio cresça de forma sustentável.
Empresas que adotam práticas de delegação têm uma probabilidade 30% maior de crescer de forma sustentável a longo prazo, segundo um estudo da McKinsey. Além disso, ao libertares-te das tarefas operacionais, vais poder concentrar-te nas decisões estratégicas que realmente impactam o futuro do teu negócio.
Delegar para Crescer, Mas com Consciência
Delegar não é fácil. Está longe disso. Mas é essencial para o crescimento de qualquer líder e do seu negócio. Se conseguires passar pelo processo com paciência e entendimento, vais colher os frutos a longo prazo. A delegação não falha porque a tua equipa não é capaz; ela falha porque muitas vezes não temos a preparação emocional para lidar com o processo.
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10 Responses
Ótima reflexão sobre um tema importantíssimo na gestão empresarial. Tenho apenas dois pontos a acrescentar que eventualmente podem não ter sido listados.
1. Com a delegação da tarefa deve também ser delegada a autoridade para que a pessoa e os restantes colaboradores percebam que agora é outra pessoa a responsável pela tarefa e por isso respeitem e aceitem as decisões tomadas por essa pessoa.
2. Garantir que a pessoa a quem se delega tem tempo para executar a tarefa ou seja provavelmente algumas das tarefas que essa pessoa exercia também terão de ser delegadas noutra pessoa., caso contrário a pessoa pode ficar sobrecarregada de trabalho e depois não consegue executar com eficácia a tarefa delegada mais as tarefas que já exercia criando uma situação complicada para essa pessoa. Fundamental perceber se a pessoa a quem se delega quer receber essa delegação e/ou tem possibilidade de absorver essas Teresas adicionais
O tema está bastante bem exposto e sendo certo que delegar é uma tarefa difícil, na minha opinião primeiro deve-se escolher bem a ou as pessoas em quem delegar. Elas devem acompanhar-nos durante um período suficientemente necessário para nos apercebermos das suas competências, ideias criativas e capacidade de liderança que possam acrescentar algo às tarefas a delegar e só depois de sabermos que são as pessoas certas, é que devemos iniciar o processo da delegação, acompanhando-o durante algum tempo.
O crescimento do negócio exige eficiência da empresa e empreendedorismo e está associado a lideres empresariais com visão, tendo sempre presente que a satisfação dos clientes é uma das tarefas mais importantes para esse crescimento.
Acho que o tema está muito bem desenhado e parabéns pelo contributo.
Muito bom, muito claro e elucidativo
Bem estruturado, cobrindo os pontos essenciais da arte da delegacao, contudo de facil leitura e orientado para ajudar o leitor a explorar um conhecimento mais profundo.
Muito bom e completo. Bem estruturado. Nada a apontar!
Deixo um desafio: Delegar é uma forma de ajudar os outros a crescer, a desenvolverem-se. A serem novos líderes.
E a armadilha do medo do actual líder que leva a criar dependências e não ajudar no desenvolvimento dos outros
Delegar é uma oportunidade de crescimento para todos
A delegação pressupõe a existência de um estádio de desenvolvimento adicional ao qual – aquele que delega – poderá ascender, adquirindo, mobilizando novas competências de valor acrescentado, tendencialmente superior ‘as que exercia anteriormente. Sem tal pressuposto, tal delegação em si mesma será um mero exercício de duplicação de missões tendencialmente improdutiva e win-lose, lose-lose.
Artigo bem estruturado. Delegar é acima de tudo um jogo de confianças mútuas e é isso que permite a ambas as partes crescer e fazer crescer.
O artigo explora os desafios que os líderes enfrentam hoje ao tentar delegar tarefas. Ao fazê-lo, propõe uma visão alternativa aos tradicionais textos sobre o tema. Embora a delegação seja frequentemente apresentada como uma solução para aumentar a eficiência e permitir que os líderes se concentrem em questões estratégicas, na prática, pode ser uma tarefa complexa e repleta de obstáculos. tudo depende dos intervenientes.
Nas fases iniciais, a delegação pode consumir mais tempo do que a execução das tarefas pelo próprio líder, devido à necessidade de explicar, supervisionar e corrigir o trabalho delegado. Além disso, a perda de controlo e a potencial redução de eficiência são preocupações comuns que podem levar os líderes a hesitar em delegar.
O autor identifica três grandes desafios na delegação:
Perda de Controlo: A dificuldade em aceitar que outra pessoa execute a tarefa de maneira diferente pode ser um obstáculo significativo.
Redução de Eficiência: Inicialmente, a pessoa a quem a tarefa é delegada pode demorar mais tempo a completá-la, o que pode ser frustrante para o líder.
Desafios Emocionais: O medo de perder controlo e a incerteza sobre os resultados podem criar resistência interna à delegação.
O artigo indica que, apesar desses desafios, a delegação é essencial para o crescimento e desenvolvimento tanto do líder quanto da equipa. Reconhecer e enfrentar as dificuldades inerentes ao processo deve levar a uma delegação mais eficaz e, consequentemente, a uma organização mais eficiente e resiliente.
Excelente analise. Delegar tem implícito diversos factores, do ponto de vista de quem delega tem a responsabilidade de ser claro e objectivo no que pretende, tem também o ónus de garantir a correcta comunicação ( feedback essencial) e fazer “passar” o sentimento de confiança a quem está a receber a tarefa de quem delega.
Por outro lado, nem todos tem perfil para assumir determinadas funções e também há quem tenha mas não queira, e aqui há uma vertente emocional a ter em conta e a ser trabalhada sobretudo por parte de quem quer delegar numa primeira fase e de quem recebe essa tarefa num fase subsequente.
Delegar será um investimento no coletivo para melhor resultados obter, e é fruto do crescimento de qualquer organização que queira valorizar quem nos quadros tenha potencial para tal.
Olá João,
Excelente exposição sobre o tema.
Saber delegar é sem dúvida uma arte.
O grande desafio reside no fato das empresas necessitarem dos resultados para ontem e paralelamente na maioria das vezes as expectativas dos colaboradores não estão alinhadas com os das empresas..
É necessário que as empresas identifiquem pessoas e não apenas targets e deadlines e paralelamente é necessário que os colaboradores se identifiquem como pessoas e não apenas como números dentro das empresas. Quando todos sentirem a mesma “dor” pelos objetivos, delegar será uma arte bem sucedida. Abraço